quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O Filho do Amor

Capitulo três

Tereza começou a pensar sobre o que as amigas falaram de Santiago, sua cabeça questionava, mas o coração se negava a acreditar que ele tinha vergonha por ela não ser da mesma posição social dele- Eu não posso acreditar nisso, ele vai contar para os pais dele e tudo vai dar certo, eu tenho certeza – as lágrimas desciam em seu rosto.
A campainha tocou, ela enxugou as lágrimas e foi atender a porta- O que você quer?- disse ao dar de cara com Santiago.
- Não vai me convidar pra entrar não?
- Entra, mas se você não tiver uma noticia boa, pode sumir.
- Linda eu liguei pra eles, mas eles estão viajando- disse Santiago, todo manhoso.
- Some daqui ok- caminhou até a porta.
- Tereza, por favor. Eu tenho culpa se eles viajaram!?
- Hoje em dia os hotéis têm telefone sabia disso?
- Meu pai não dá telefone de onde ele vai ficar ele não suporta os outros ligando enquanto ele ta trabalhando. Deixa de bobeira minha linda- disse puxando-a para perto.
- Se você tiver me enganando, eu não vou te perdoar.
- Você fica ai me recriminando, mas eu também não conheci seus pais, poxa vida.
- Não seja por isso, daqui trinta dias gente vai pra lá. Esse dias não dá, ta complicado na faculdade.
- Combinado então, agora vem aqui vem- a puxou pela cintura.
- Capaz bonitão, eu ainda to chateada, a minha impressão é que você tem vergonha de mim.
- Como assim mulher? Vergonha de uma gata dessas, minha deusa favorita pô.
- Como mente meu Deus, mas eu amo esse mentiroso.
- Ah eu sou mentiroso, beleza. Me tirando uma hora dessas, não beleza.
- Eu disse que te amo- segurou o rosto de Santiago e encheu os olhos de lágrimas.
- Eu também te amo minha linda- os dois se beijaram e se amaram como aquela fosse à última vez. Santiago como todos os homens pediu que eles transassem sem camisinha, Tereza estava tão emocionada, pois, era a primeira vez que ele dizia que a amava então não se importou, já que pelas suas contas e lá não estava em período fértil e tomava religiosamente o anticoncepcional, pelas doenças não se importava, pois sua confiança era cega nele.  Tinha certeza da sinceridade daquele amor que ele lhe oferecia todos os dias, ele não era um cara carinhoso no dia-a-dia, mas aqueles momentos íntimos já se faziam suficientes diante do amor que Tereza sentia por ele. Também era uma despedida, pois Tereza ia fazer uma viagem de trabalho, ela ficaria três semanas por lá.
                Três semanas depois Santiago se preparava pra almoçar, quando a campainha tocou. Ele abriu a porta, seus pais e sua noiva estavam lá parados. Ele ficou sem reação, Fernanda sua noiva pulou e o abraçou- Que saudade bebê, você estava com saudade da sua amoreca? 
- Vocês não avisaram que vinham, me pegaram de surpresa- disse ele nervoso.
- É assim que você recebe a sua noiva, mãe do seu filho- desenganchou de cima dele e cruzou os braços.
- Me desculpem, entrem por favor, eu só estou surpreso, vocês não avisaram que vinham.
- É claro, você sempre arruma uma desculpa- sento-se no sofá segurando na pequena barriga que pouco aparecia na roupa.
- Estava querendo esconder alguma coisa Santiago?- resmungou Nelson.
- Não pai, eu só estava atolado de coisas pra fazer.
-Ai filho me dá um abraço, mamãe estava morrendo de saudades de você- abriu os braços e ele prontamente correu para os seus braços.
- Não tem nada pra comer aqui não amoreco?
- Tem sim, é simples. Mas se vocês quiserem a gente vai no restaurante.
- Não, tudo bem filho. Ta ótimo assim- se levantou e foi até a mesa.
- Pra mim ta bom também- Fernanda se sentou esfomeada.
- Eu preferia um bistrô- disse Nelson que adorava provocar o filho.
- Senta e come meu bem, por favor.
Nelson se sentou e Santiago ficou ali por alguns minutos tentando descobrir um modo de fazer com que eles não encontrassem com Tereza.
- Mor vem comer, vem- chamou fazendo voz de criança e Santiago sentou apreensivo, seu pai percebeu, mas só observou quieto.

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