terça-feira, 3 de setembro de 2013

O Filho do Amor

 Capitulo dois
Para quem morava no interior, Goiânia era o lugar, pois lá tinha as melhores condições de emprego. Só que Luiz Alberto gostava de lá pela curtição, ele ajudava seu pai na estância deles em Pirenópolis, o sonho de seu pai chamado por todos de Toizin era ver o filho doutor, então ele o mandou estudar em Goiânia e seu sonho foi realizado, já que Luiz se formou em Direito, e estava terminando a pós graduação. No trabalho, nos estudos Luiz era exemplar e de uma responsabilidade admirável, mas não pretendia se prender a mulher nenhuma antes dos trinta anos. Ele não tinha tido uma experiência muito boa com uma mulher e diziam as más línguas que ele não queria saber de compromisso por causa do trauma, seus dois amigos eram só alegria, já que nenhum dos três queriam compromisso. Tato era um paulista que estava querendo conhecer novas coisas e acabou ficando em Goiânia, não era o gato do ano mas sua cara de safado acabava conquistando as mulheres, já estava tão adaptado que já começava a falar com sotaque goiano. Lucas era o tímido da turma, ficava escondido atrás do óculos, só pegava a mulherada por causa do Tato que sempre jogava uma no colo dele e finalmente o Luiz Alberto que sempre foi vaidoso, diziam que ele parecia com um ator famoso, ele não acreditava muito, mas o sucesso que fazia era digno de um. Os meninos avacalhavam com ele, o chamando de "O moreno do poder".
Eles sempre estavam no clube Três Ilhas, adoravam ficar vendo as mulheres desfilando de biquíni pra lá e pra cá.
- Gente tem uma loirinha ali, que eu vou te contar viu- suspirou Tato, observando a garota do outro lado da piscina.
Luiz levantou o óculos e olhou a moça de cima em baixo.
- Ali é potência Luiz, se você conseguir pegar essa mina, eu te dou meu aba reta favorito- disse Tato desafiando Luiz, ele sabia que o amigo adorava um desafio assim.
- Não provoca cara, não tenho nem lugar mais pra guardar os bonés que eu ganhei de você.
- Vai amarelar agora goiano, eu não sabia que goiano era amarelão. Lá em Sampa nego não amarela não.
- Goiano não amarela nunca, até onça nois enfrenta pô. Saca só eu ganhando esse boné.
Luiz caminhou em direção a moça e se sentou ao lado dela- E ai beleza?
 - Tudo bem.
- É a primeira vez que você vem aqui no clube, nunca tinha te visto por aqui?
- Eu vim pra cá faz pouco tempo, ai queria um lugar pra descontrair, eu sou mineira de Itabirinha.
- Mineiro e Goiano estão ali  juntinhos no mesmo barco na caipirisse.
- Isso é verdade.
- Olha que mal educado nem seu nome perguntei uai, eu sou Luiz Aberto, mas prefiro só Luiz mesmo e a sua graça?
Ela sorriu- Minha graça? Ta bom, é Vânia.
Ele se calou e a olhou nos olhos para ela ter certeza de sua intenção- Se quiser eu posso te mostrar as instalações do clube. Que tal?
...
Enquanto isso Tato e Lucas observavam curisosos.
- Ele já ganhou porra. Olha pra ela rindo pra ele.
- Cala a boca Lucas, nem sonhando. Deixa eu prestar atenção.
...
- Vamos- disse ele ao ver a resistência no olhar de Vânia.
- Olha, o pessoal já me mostrou boa parte do clube, menos a área dos vestiários.Eu acho uma área muito importante, você não acha?
Luiz olhou com uma cara de safado entendendo a proposta de Vânia- É uma das áreas mais legais do clube, direto to lá.
- Então eu te espero lá- o beijou e saiu desfilando.
Luiz olhou para os garotos, piscou e a seguiu.
Os dois se animaram demais e se esqueceram que o clube estava cheio, quando uma senhora entrou e os viu nus naquela situação soltou um grito estérico e desmaiou.
- Meu Deus o que a gente vai fazer, matamos a senhora- Vânia se desesperou vestindo a roupa.
- Calma, vamos chamar a segurança.
- Ela vai dizer o que aconteceu que vergonha.
- Nem vai lembrar, é só ficar de bico fechado.
Os seguranças chegaram e logo a senhora acordou, Vânia foi embora quando ela começou a acordar e Luiz ficou ali para ver se não tinha acontecido nada de grave com a senhora.
- O que houve senhora?- perguntou o segurança.
- Eu entrei aqui e vi- Luiz gelou nessa hora- Na verdade eu não me lembro direito.
Ela olhou para Luiz e ficou pensando.
- Ela já tá bem não é mesmo, então eu já vou.
- O senhor o que fazia no vestiário feminino?- perguntou o segundo segurança.
- Eu estava indo para o vestiário masculino, quando aquela moça que foi embora saiu daqui de dentro pedindo ajuda, só isso. Então, melhoras senhora.
- Cadê minha filha moço?
- Calma ela vem, pedimos pra chama-la.
Luiz saiu rapidamente, ele contou para os meninos e eles quase morreram de rir, mas não importava por que a aposta já estava ganha.








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